O projeto de vida dos meus pais sempre foi o de morar numa casa espaçosa cercada por um amplo jardim, onde fosse possível manter uma horta algumas árvores frutíferas. Meu pai comprou um bom terreno e iniciou a construção. Foi muito bom acompanhar o progresso das obras. Aos finais de semana, um servente dormia no local para vigiar a obra.
A minha mãe conversando comigo elogiou muito este servente, dizendo que o rapaz era novo, tinha o meu corpo, mas, que era realmente de família muito pobre e pediu que eu separasse umas roupas para dar a ele.
Confesso que fiquei até um pouco sem paciência, pois a minha mãe quer ajudar o mundo. Porém, ela insistiu dizendo que até eu tinha elogiado o pessoal da obra por nunca deixar nada bagunçado, nunca deixar entulho dentro da área da casa, etc.
Acabei concordando e disse que separaria as roupas para ela levar no final de sábado seguinte, e ela ainda me falou que eu poderia levar pessoalmente as roupas para o tal rapaz, o Jorge.
Quando cheguei a obra naquele sábado já encontrei o Jorge trabalhando.
Realmente conferia com o que a minha mãe havia falado: um rapaz humilde e muito trabalhador.
Fiquei impressionado com a força que ele tinha. Estava muito quente e o cara não parava, trabalhava direto. Limpava toda a obra, empilhava material de construção, cortava o mato, carregava o entulho até a caçamba…
Eu, meio sem graça, acabei lhe ajudando nestes trabalhos e, óbvio, me sujei todo.
Por volta das 14:00 falei para ele dar um tempo para comer alguma coisa.
Ele concordou e me disse que iria tomar um banho de mangueira no fundo da obra. Eu todo sujo, falei que também precisava me lavar e o acompanhei.
Tomei o maior susto quando ele tirou a calça velha. A sua cueca estava bem frouxa de tanto uso, mas o volume daquele cacete era pelo menos o dobro do tamanho do meu pau quando duro.
Eu acabei ficando apenas de cueca para me lavar e não teve como o Jorge não reparar nas minhas coxas grossas e extremamente lisas e, muito menos, naquilo que desde a adolescência, havia se transformado na minha maior vergonha, uma bundona carnuda exageradamente empinada, que preenchia meus jeans e, especialmente, qualquer bermuda ou short, com um volume que fazia a cabeça das garotas, mas me deixava muito constrangido.
Começamos a conversar e ele me disse que iria fazer uma prova de supletivo pois ele queria completar o primeiro grau para depois tentar o segundo. Dei a maior força para ele. Ele me disse que não estava muito seguro e que achava que não iria passar, pois estava tendo muita dificuldade em matemática. Fiquei com pena dele, ainda mais quando me contou que acordava às 4h da manhã e chegava na sua casa somente depois da meia noite. Durante a semana, quando saía da obra, ele ia direto para a escola e ficava estudando até as 19h quando começava a aula. A vida dele era muito dura.
Acabei lhe oferecendo uma ajuda na matemática. Disse-lhe que ele poderia vir comigo até minha casa e que poderíamos estudar até mais tarde. Ele, muito timidamente, acabou aceitando.
Estudamos até as 20h, quando paramos e resolvi pedir uma pizza pois estava com fome.
Ele me agradeceu muito e disse que iria embora. Sugeri que ele dormisse em casa para que tivesse tempo de descansar e estudar um pouco mais no domingo. Ele relutou muito, mas acabou aceitando. Enquanto a pizza não chegava levei-o até meu quarto e comecei a separar algumas coisas para ele. Coisa que eu não havia feito quando a minha mãe me pediu.
Ele nem acreditava nas peças de roupa que eu lhe dava. Falei para ele experimentar e ele pediu umas 3 calças e foi se dirigindo para o banheiro. Foi quando eu falei:
– O que é isso cara! Pode experimentar aqui mesmo.
Eu fiquei espantado novamente quando ele baixou a bermuda e o seu pau parecia dar a volta em torno da sua coxa mesmo estando mole.
As calças serviram bem nele. Peguei três pacotes d
e cuecas que a minha mãe havia me dado, mas que eu não gostava por serem de lycra e lhe ofereci também. O Jorge agradeceu para caramba. Comemos e estudamos mais um pouco até por volta das 23h, então fomos dormir.
No meu quarto tinha um sofá-cama. Eu armei a cama para ele e fomos dormir. Admito que fiquei meio incomodado em ver o Jorge deitado de cueca no mesmo quarto que eu, mas já estava gostando daquele cara simples, trabalhador e muito esforçado.
Pela manhã por volta das 6h, o meu celular despertou no vibra call.
Quando fui acordá-lo mais um susto. Acho que o Jorge estava com tesão de mijo… Caramba! O pau dele devia ter uns 23cm e como era grosso.
Fiquei muito sem jeito de acordá-lo, mas tive que fazer isso. Foi só lhe chamar e pronto. Ele se levantou rapidamente, tomou um banho e vestiu uma das roupas que eu tinha lhe dado. Parecia até uma nova pessoa.
Desde aquele dia o Jorge começou a fazer parte da minha rotina.
Eu me sentia muito bem em poder ajudá-lo e minha mãe ficou bem feliz com a minha atitude.
Eu, com o convívio periódico, passei a admirar outras qualidades da personalidade do Jorge e acabamos nos tornando bons amigos. Aos poucos o Jorge foi perdendo a sua timidez e já estava bem mais à vontade comigo e vice-versa. Já fazíamos brincadeiras típicas destes ambientes de trabalho onde há somente homens para sacanear um ao outro.
Essa amizade ganhou contornos mais íntimos e sólidos durante um final de semana de viagem dos meus pais. A obra já havia avançado bastante e a nova casa já estava na fase de acabamentos. Como da outra vez, a visita do arquiteto foi dispensada e eu fui ver a obra no sábado e conversar com o Jorge.
Ele fez questão de me mostrar cada canto da casa e me disse que eu tinha muita sorte de ter uma família rica e tão boa. Eu lhe disse que sabia disso, mas que ele também tinha muitos méritos e que chegaria longe.
Passei o dia com ele e, sem graça, não pude deixar de ajuda-lo no trabalho pesado. Ficamos muito sujos e antes de sairmos, tivemos que tomar um banho.
A essa altura já havia um banheiro pronto e em uso.
Disputamos no par ou ímpar para ver quem seria o primeiro a tomar uma ducha e eu venci.
-Posso lhe fazer um pergunta? – disse ele, enquanto eu terminava de me enxugar com a toalha enrolada na cintura.
– É claro – respondi sem perceber a intenção dele.
– Por que você não me deixou entrar na ducha junto com você? Somos dois homens, qual é o problema?
Fiquei muito constrangido com essa pergunta e acabei lhe falando:
– Qual é, cara! Você está querendo ver homem pelado agora? – retorqui, com um sorriso amarelo.
Ele, para não ficar por baixo, respondeu rindo:
-Não, cara. Eu só queria ver essa sua bundinha branca…
– Ele deve ser bem gostosa e roliças. – provocou, levantando-se da cadeira onde estava sentado na varanda e caminhando na minha direção com a intenção de puxar a minha toalha.
– Sai para lá, Jorge! Vai esfriar essa cabeça debaixo da água fria, cara! – esbravejei, quando ele quis arrancar a toalha.
– Vai usar essas mãos para tirar esse suor, que você está todo suadão. – emendei.
– Deixa de ser manhoso e me deixe ver essa bundinha. – insistiu.
– Vou usar as mãos para bater uma punheta pensando nela, ou você podia bater uma bronha para mim. – disse ele rindo, enquanto eu me esquivava de suas investidas.
– Pare de encher o saco! Vai logo para o chuveiro! – gritei, quando ele conseguiu ficar com a toalha nas mãos e seus olhos se arregalaram com a minha nudez.
– Calma, Du! Eu estou só brincando. – falou, percebendo o meu grande constrangimento.
– Devolve essa toalha, por favor! – falei sério tentando esconder o mau pau com as mãos.
Eu realmente estava muito envergonhado com a situação. Além de minha bunda grande ficar exposta daquele jeito, eu ficava ainda mais envergonhado com o pequeno tamanho do meu pau, ainda mais estando mole e encolhido como naquela situação.
O espanto do Jorge também foi grande, pois acho que ele não esperava me ver assim tão constrangido ao ponto de quase chorar.
– Desculpa, Du. Não precisa ficar desse jeito. Sou seu amigo, cara. Você me ajuda demais. Eu só estava brincando, me desculpe amigo.
– Tudo bem, Jorge. Mas me dê a toalha, por favor.
– Toma, cara. Por favor, me desculpa – disse arrependido pela brincadeira e emendou.
– Somos amigos, não precisava ficar com tanta vergonha de mim, Du. Pô, você já meu viu de cueca algumas vezes, qual o problema de eu lhe ver sem roupa? Somos homens, Du.
Ainda constrangido e sem pensar acebei lhe falando:
– Porra, Jorge! O seu pau… Foi mal!
Ele emendou rapidamente:
– O que foi, Du? Pode falar, somos amigos.
Eu acabei dizendo:
– O seu pau é muito grande, cara.
– Porra, Du. Qual é? Está querendo mesmo bater uma bronha para mim… – disse rindo.
– Sai para lá! – respondi. Eu fiquei foi com vergonha de mostrar essa mixaria aqui para você.
Ele riu quando abri a toalha e lhe mostrei meu pauzinho ridiculamente encolhido. Ele tentou me consolar:
– Deixa disso, cara! – Eu não quero saber do seu pauzinho, não.
E retomando a sacanagem, emendou maliciosamente
– Eu quero é dar uma beliscada nessa bundona!
– Vai sonhando! Chega dessa brincadeira, vai. Me deixe em paz. – revidei, tentando pôr fim àquela situação.
– Que falta de solidariedade! – exagerou e se virou em direção ao banheiro.
Eu me distraí momentaneamente ao voltar a secar os cabelos, quando ele me abraçou pela cintura e lançando o peso de seu corpo sobre o meu, me derrubou no chão.
– Qual é Jorge! Me larga, cara! Que saco! – protestei indignado.
Mas ele fez uso de sua força, que era muito maior que a minha, e pegou meus pulsos apertando-os contra o chão ao lado da minha cabeça. Nossos rostos ficaram a centímetros um do outro, e ele esfregou seu corpão no meu, em movimentos insinuantes. Seus olhos se fixaram nos meus e ganharam um brilho predatório. Eu tentava me desvencilhar, mas isso só fazia com que nossos corpos experimentassem um contato maior o que me fez sentir a sua ereção.
Nunca esperaria isso dele, ainda mais quando o conheci tímido daquele jeito. Agora ele estava ali, sobre mim, certamente querendo me comer. E eu estava começando a gostar daquela situação. O que está acontecendo comigo? – Eu pensava. Ainda tentava resistir àquelas sensações novas que iam tomando conta do meu corpo:
– Vou dar uma joelhada no seu saco! Estou avisando! – ameacei.
– Você não seria tão maldoso comigo. – disse o Jorge, confiante. No entanto, ele não pagou para ver. Tratou de enfiar uma de suas pernas entre as minhas e voltou a me encarar.
– Dominado! – revidou vitorioso.
Antes que eu pudesse retrucar, ele aproximou seus lábios dos meus e os apertou contra a minha boca. Seu sabor era envolvente, tinha um gosto de proibido e era muito bom. Neste momento, me rendi ao desejo que já ardia em mim. Parei de me agitar e desfrutei daquela sensação pecaminosa.
Ele começou a forçar a língua na minha boca e, sedutoramente, entrelaçava-a com a minha. Suas mãos já não precisavam fazer tanta força para manter seus braços imóveis e, aos poucos, ele foi descendo com elas pelas minhas costas até alcançar as nádegas, que agarrou num aperto vigoroso.
A respiração dele começou a acelerar, junto com a minha. Ele enfiou a cabeça no meu pescoço num ímpeto voraz, e aspirou o perfume da minha pele ainda molhada pelo banho.
As mãos tateavam soberanas, e exploravam cada centímetro dos meus glúteos, que reagiam se contraindo pudicamente e arrepiando a pele branca que os cobre. Pela primeira vez eu senti o tesão se apoderando do meu corpo de uma maneira quase selvagem.
De repente, eu queria sentir aquela pele morena, suada e quente, colada na minha. Eu queria sentir o sabor daquela saliva entrando na minha boca. Eu queria sentir aquele cheiro másculo que ele exalava por todos os poros, como se fosse um almíscar que se espalhava para deixar claras as suas intenções. Os bicos dos meus mamilos denunciaram esses desejos refreados, intumescendo-se e se projetando numa saliência despudorada.
Um sorriso de satisfação e luxúria se formou em seu rosto, e ele começou a lamber meus mamilos com avidez.
Eles estavam tão sensíveis que, ao sentir a sua língua áspera, eu soltei um gemido prazeroso e provocante.
Ele os lambeu e mordiscou demoradamente, deliciando-se com o tesão que aquilo me causava. Foi o ardil perfeito para desviar minha atenção para aquilo que ele realmente pretendia; enfiar um dedo no meu cuzinho, que durante todo esse tempo continuava à mercê de sua tara.
Quando senti aquela invasão abrupta, um grito sufocado saiu da minha garganta e eu travei toda a musculatura da minha pelve num espasmo violento. Era tarde para impedir seu assanhamento, o dedo dele fazia movimentos circulares dentro do meu ânus e me provocava um prazer delirante. Agora era ele quem se esfregava em mim com o tesão a lhe arder de desejo, incendiando seu corpo.
A pica, de tão dura, saíra pelo cós da cueca e deixava nas minhas coxas uma gosma viscosa de desejo. O cômodo começava a se impregnar daquele aroma viril, arrefecendo meus últimos e tênues movimentos de resistência. Ele puxou minhas pernas na altura dos joelhos e as abriu ao redor de seu corpo; flexionou-as em seguida e deixou minha bunda, devassadamente, empinada para receber o toque de sua virilha. Roçou a jeba enrijecida no meu rego melando-o com o pré-gozo que brotava da cabeçorra descomunal.
– Eu quero você! – sussurrou no meu ouvido, antes de voltar a me beijar cheio de desejo.
Com as duas mãos sobre as nádegas ele as apartou e começou a friccionar a virilha de encontro às profundezas do meu reguinho, onde minhas preguinhas se contraiam descompassadamente denunciando o desejo do meu cu virgem. Hábil e certeiro ele apontou a glande intumescida de seu caralho contra aquele orifício exposto e começou a forçar sua penetração. Eu reagia temeroso, contraindo-o protetoramente, o que só fazia aumentar suas necessidades e seu tesão. Quando o cacete distendeu as pregas e ultrapassou o meu esfíncter indo se alojar nas minhas entranhas, outro grito assomou meus lábios, mas desta vez, sonoro e gutural.
Meu corpo tremia sem controle, como se ondas de frio e calor o percorressem. Quando eu senti o sacão dele batendo contra as minhas nádegas, eu percebi que aquele carinho e aquela vontade de estar ao lado daquele macho, era maior do que eu imaginava. Uma súbita vontade de apertá-lo em meus braços começou a ganhar força, e eu o envolvi deslizando as mãos pelas costas nuas dele. Aquilo que latejava e pulsava dentro de mim, se agitando como uma fera selvagem, era enorme.
E, embora doloroso, provocava em mim a melhor sensação que já havia experimentado. Enquanto ele movimentava aquele caralhão num vaivém rítmico e penetrante, eu o apertava com a musculatura anal, querendo que aquele momento se eternizasse no meu corpo.
Eu podia sentir a potência e a agressividade do instinto sexual dele me consumindo, mas ao mesmo tempo percebia como ele dava vazão, a gana que estava sentindo, com um cuidado e desvelo para não machucar meu cuzinho castiço.
Simultaneamente à sensação de que o cacetão dele estava ficando mais grosso, a pressão e a cadência das estocadas foi aumentando, o que me fazia ganir numa agonia crescente.
O calor nas minhas entranhas aumentou tanto que eu comecei a gozar, pouco antes de sentir que meu cuzinho estava sendo inundado pelo seu gozo. Um som rouco, vindo do interior de seu peito inflado, ecoou pelo quarto, antes dele começar a esboçar um sorriso abobalhado de satisfação.
Eu adorei aquele sorriso e, nesse momento, ele adquiriu um significado mais profundo, por eu saber que ele era resultado da minha entrega aos seus caprichos sexuais.
Nossos olhares fixaram-se mutuamente, enquanto o frêmito que percorria nossos corpos agitados ia voltando ao normal. Começamos a nos beijar, de início com uma suavidade indulgente, que começou a ganhar força até eu sentir a saliva doce e máscula dele se mesclando à minha, que ele devorava como que para eternizar o meu sabor em sua boca.
Aquele cheiro dele de eu tanto gostava, e que nunca me fora indiferente ao estarmos próximos, agora estava em mim, impregnado em cada célula do meu corpo, como uma chancela atestando aquela união. Ele demorou a sair de dentro de mim e, quando o fez, deixou o pauzão pesado, ainda gotejando porra, deslizar lentamente para fora do meu cu. Ele viu quando as preguinhas se fecharam abruptamente ao redor do arregaço que o cacete dele havia feito em mim.
– Eu não quis te machucar. – disse, me encarando com doçura. – Mas acho melhor você vir para o banho comigo. – emendou, quando um filete vermelho escorreu do meu rego tingindo a toalha sobre a qual eu estava deitado.
– Não me sinto machucado, ao contrário, nunca me senti tão pleno em toda a minha vida. – respondi, sem saber, até então, que minhas pregas estavam sangrando.
Embora eu não fosse nem um pouco delicado, pequeno ou muito menos leve, ele me tomou em seus braços e me levou até o box do chuveiro. Foi só ali que eu percebi aquele filete vermelho escorrendo por uma das coxas.
Corei na hora e timidamente deixei cair o olhar, num constrangimento embaraçoso. Assim que a água da ducha deslizou pelo meu corpo, ele meteu a mão na minha bunda, cheio de malícia e sensualidade, e lavou meu cuzinho. A satisfação por ter infligido ao meu cuzinho o vigoroso rótulo de sua masculinidade estava estampada em sua expressão de felicidade.
– Nossa, Du! Agora você é meu, todinho meu! – murmurou no meu ouvido, enquanto chupava meu pescoço.
Quando a espuma do sabonete desceu pelo corpo musculoso e ensaboado dele, ele pegou minha mão e a levou até seu membro, cobrindo-a com a sua, e a fez deslizar pelos pentelhos da virilha. Eu acariciei a jeba e o sacão pesado, enquanto ele gemia e se contorcia de prazer.
– Faz tempo que eu sonho com as carícias dessas suas mãos macias. Você merece um prêmio por fazer isso tão bem, sabia? – sussurrou no meu ouvido
– Ah é? E que prêmio seria esse? – provoquei, apertando carinhosamente suas bolonas.
– Quando terminarmos, eu vou entregar o seu prêmio. Entrega direta em domicílio, sem direito a devolução! – exclamou se divertindo.
– Hummm … Acho que vou gostar desse prêmio. – revidei, cheio de tesão.
E, aos vinte anos, usufruí maravilhado, numa felicidade contagiante, a entrega da minha virgindade a esse macho querido e tão zeloso.
Somente fomos cair, exaustos, no sono, quando já clareava o dia naquela casa semi-acabada.
Antes disso, um ímpeto e uma necessidade desenfreada dos nossos corpos, clamavam por contato, por afagos, por ele se alojar em mim. Adormeci sentindo a pica dele amolecendo no meu cuzinho esfolado.
O Jorge ficou em casa comigo todo o restante do domingo. Estava muito mais calado do que o normal, mas redobrou sua atenção comigo e estava bastante carinhoso.
– Pense bem no que você me prometeu. – falei, ao me despedir dele em frente à porta ao jardim da casa, e ele me dar um beijo rápido.
– Se cuide, e sonhe comigo! – disse, zombeteiro.
A minha preocupação aumentou com a partida dele. Como seria daqui para frente? Eu não me sentia gay ou veado e tinha medo da reação de minha família se soubessem de algo. Fiquei com muito medo e me afastei do Jorge por um tempo. Contudo, eu me sentia totalmente vulnerável àquele desejo de estar com Jorge e de ser somente dele.
Fui encontra-lo na saída do seu novo emprego, cujo endereço havia conseguido com um dos pedreiros da obra.
Ele ficou realmente surpreso com a minha aparição, mas estampou aquele sorriso que tanto me atraía no seu rosto.
Ofereci-lhe uma carona que foi aceita de imediato.
– Você sumiu, Du. Não queria lhe fazer nada de ruim, cara. A verdade é que senti muito a sua falta. O que houve? – perguntou-me sinceramente.
– Estou com um monte de trabalhos da faculdade. – respondi.
– Você sempre tirou isso de letra. Você não está mais a fim de ficar com um Zé ruela como eu? – insistiu.
– Nada disso, Jorge. – retruquei.
– Na verdade eu quero muito estar com você, Jorge – as últimas palavras já saíram entrecortadas pelo choro.
– Porra, Du. Estou me controlando há semanas com uma vontade enorme de comer esse teu cuzinho de novo, e você some desse jeito – vociferou zangado.
– É que eu pensei que você…
– Pois pensou errado! – exaltou-se. – Entendo os seus medos e respeito isso, mesmo tendo que fazer algum sacrifício. Inclusive a de ficar só na punheta todo esse tempo. – disse, mais condescendente.
– Você não merecia passar por isso. Eu sei que você é fogoso e cheio de necessidades. – falei, acariciando a coxa dele enquanto eu dirigia.
– É bom você ir tirando essa mão macia de perto do meu cacete. – seu bom humor estava de volta, junto com um brilho predador no olhar.
– Eu não me responsabilizo pelo que pode lhe acontecer. – completou
– Que caminho é esse que você está tomando? – indagou, ao constatar que ele não estava na rota que nos levaria até a casa dele ou a minha.
– Já está mais do que na hora de você matar a saudade, não acha? – eu lhe disse com safadeza.
– Nunca deixei de ser seu! – afirmei. – Mas confesso que estou sentindo muita falta de você. – provoquei.
– Eu sonhei todos os dias com essa sua bundona gostosa. Eu senti também a sua falta, Du – Ele me respondeu apertando o cacete.
– Pois não vai sentir mais. – disse eu, ao acessar a entrada de um motel que ficava no caminho.
Senti uma agitação tomando conta do meu corpo. Aquela cara de ‘vou te devorar’ me excitava a ponto de sentir o cuzinho se contorcer de tesão. Era a primeira vez que eu entrava num motel, o olhar curioso percorrendo cada detalhe da suíte, e a imaginação rolando solta, me faziam sentir um revolucionário dando vazão a seus desejos, ou um depravado libertino, satisfazendo seus caprichos aguçados por aquele antro
de luxúria.
O Jorge também olhava aquilo tudo com a cara de surpresa de quem também vê algo pela primeira vez.
Esses beijos esfomeados, aquela energia e testosterona que ele transpirava, como um verdadeiro macho no cio, tinham o poder de me desnortear, de provocar um frenesi que percorria minha espinha, e fazia a musculatura da minha bunda se contrair e concentrar todo o calor naquela região. A mão dele entrou pelo cós do meu jeans e firmou a carne rija e morna das minhas nádegas entre seus dedos. Era sublime sentir aquela gana outra vez.
Eu o desejei dentro de mim, e meu olhar lânguido demonstrava minha vontade. Procurei por sua boca de sabor intenso e vigoroso, selando meus lábios aos dele, e deixando a saliva viril dele me invadir. Enfiei ambas as mãos por debaixo da camiseta dele e deslizei os dedos sobre o seu peito sentindo seus pelos macios, que arfava com a respiração acelerada. Senti que minha calça e minha cueca desciam pelas coxas, e que seus dedos procuravam pelo meu cuzinho enrugado no fundo do rego apertado. O desejo que percorria meu corpo era tão intenso que eu arrebitei a bunda para facilitar o seu acesso ao meu cu. A necessidade que eu tinha de tê-lo novamente estava estampada no meu rosto suplicante.
– Isso tudo é saudade de mim? – perguntou, como se estivesse prestes a fazer uma travessura.
– É. Quero você! – sussurrei em sua nuca.
– Eu também quero você! Quero tudo o que é meu, e você é meu. – murmurou, entre os dentes cerrados.
Ele abriu a braguilha e pegando minha mão, enfiou-a em sua virilha. Meus dedos se fecharam ao redor daquele caralho consistente, eu o tirei para fora, e me ajoelhei diante dele. Seus olhos se iluminaram com a devassidão que estava prestes a experimentar, e se fixaram em cada movimento que eu fazia para abocanhar aquela glande suculenta e úmida. Ao comprimir os lábios ao redor daquela jeba, e mover a língua, em círculos, ao redor da cabeçorra que estava na minha boca, ele soltou um bramido rouco de prazer. Eu me sentia poderoso e onipotente ao causar aquele prazer nele, e redobrei meu afinco e minha persistência. O cheiro másculo que vinha do sacão portentoso que balançava diante de mim me instigava. Ele saiu de dentro das calças e abriu mais as pernas, enquanto segurava minha cabeça para garantir que aquele prazer que estava sentindo não fosse interrompido. Meu olhar procurava o dele, enquanto a língua massageava seus testículos enormes. Os quadris dele se contraíram num movimento brusco que voltou a estocar a rola na minha garganta, e ao mesmo tempo em que um gemido gutural saia de sua boca, os jatos de porra enchiam a minha, que ávida e cuidadosamente, deglutia aquele néctar saboroso.
– Tesão do caralho! Que boca carinhosa e sedenta é essa? Lambe o leitinho do teu macho, lambe. – grunhiu satisfeito.
– Você é tão saboroso, senhor Jorge! – exclamei, após deixar aquela vara latejante completamente limpa.
– Sou, é? Tem mais um bocado para você provar. – segredou num quase sussurro.
Eu o acariciava debaixo da espuma densa que havia se formado na superfície da banheira de hidromassagem. Deslizava a ponta dos dedos pela nuca dele e depois beijava o caminho que meus dedos haviam percorrido. A água tépida nos envolvia com turbilhões que fluíam sobre a pele, como se fossem mãos invisíveis a aliciar nossos corpos.
Antes que a água da banheira esfriasse totalmente, eu comecei e enxugar os cabelos do Jorge em movimentos delicados e carinhosos. Ele cerrou os olhos e me puxou para junto dele. O pinto dele começou a endurecer assim que tocou minha pele molhada e quente. Eu me deitei na cama e o puxei por cima de mim, beijei-o intensa e demoradamente, antes de enlaçar minhas coxas ao redor de seus flancos e senti-lo distender minhas pregas e me penetrar com aquele falo grosso e urgente. Um ganido escapou entre meu arfar acelerado, e aquela dor aguda e pungente foi se aprofundando no meu ser. A musculatura anal retesada comprimia, num amor transbordante, aquela anatomia descomunal que ele ia inserindo lenta e progressivamente em mim. Eu me senti novamente pleno e recuperado, enquanto afagava suas costas.
– Eu te amo. Amo muito, muito. – gemi, erguendo minhas ancas de encontro a sua virilha, para sentir aquele homem ainda mais dentro de mim.
A luz do alvorecer começava a atravessar as nuvens ainda carregadas de um azul e cinza intensos quando deixamos o motel, do domingo preguiçoso. As avenidas pareciam mais largas devido ao pouco trânsito e, um ou outro atleta de fim de semana, passava correndo pelas calçadas vazias. Aquelas cenas contrastavam com o que eu sentia por dentro. Eu estava preenchido, encharcado, com a essência daquele homem que a pouco fazia parte de mim mesmo, e eu descobri que não saberia mais viver sem ele.
– Eu preciso de você. Não me deixe mais tanto tempo sem poder ter você. – disse, verbalizando o mesmo sentimento que me acometia.
– Não sei o que seria de mim se você não fizesse parte da minha vida. Acho que ela nunca seria tão plena e maravilhosa. – falei, afagando a implantação de seus cabelos na nuca.
– Isso me faz lembrar que precisamos encontrar um lugar só nosso. Não quero mais me privar de ficar com você, de precisar depender de datas, lugares e horários marcados com antecedência. – argumentou.
– Assim que a casa ficar pronta, meus pais vão mobiliar um apartamento, menor do que o que moramos hoje, mas que vai servir justamente para esses momentos em que um lugar mais próximo do centro de São Paulo seja necessário. Podemos usar aquele espaço. – retruquei.
– Quero algo meu, mesmo que pequeno. Agora conto com a grana do meu emprego, dá para ter algo sem luxos, mas aconchegante. Ainda mais se você estiver comigo. – aquelas palavras carregavam uma promessa.
Decorridos dezoito meses daquela primavera que havia enchido de cores as árvores do condomínio, a casa recebeu nossa mudança. Eu ensaiava uma maneira de dizer aos meus pais que aquele quarto cuidadosamente planejado e decorado, não seria ocupado por muito tempo. Que eu decidira morar com o Jorge, e que aquilo significava muito além de uma mera mudança de endereço, que aquilo significava partilhar nosso amor e deixar nossas famílias cientes disso.
Esperávamos contestações, negativas enfurecidas, indignações e reprimendas morais, mas nada disso aconteceu. Acho que o espaço que cada um construiu na família do outro, falou mais alto na hora de nos prevenir das dificuldades que talvez fossemos enfrentar. Eu continuo minha faculdade e o Jorge está sendo sondado pelo chefe direto, quanto a um cargo melhor e, nosso cantinho, reflete cada dia mais, a felicidade que preenche nossas vidas.
Confesso que fiquei até um pouco sem paciência, pois a minha mãe quer ajudar o mundo. Porém, ela insistiu dizendo que até eu tinha elogiado o pessoal da obra por nunca deixar nada bagunçado, nunca deixar entulho dentro da área da casa, etc.
Acabei concordando e disse que separaria as roupas para ela levar no final de sábado seguinte, e ela ainda me falou que eu poderia levar pessoalmente as roupas para o tal rapaz, o Jorge.
Quando cheguei a obra naquele sábado já encontrei o Jorge trabalhando.
Realmente conferia com o que a minha mãe havia falado: um rapaz humilde e muito trabalhador.
Fiquei impressionado com a força que ele tinha. Estava muito quente e o cara não parava, trabalhava direto. Limpava toda a obra, empilhava material de construção, cortava o mato, carregava o entulho até a caçamba…
Eu, meio sem graça, acabei lhe ajudando nestes trabalhos e, óbvio, me sujei todo.
Por volta das 14:00 falei para ele dar um tempo para comer alguma coisa.
Ele concordou e me disse que iria tomar um banho de mangueira no fundo da obra. Eu todo sujo, falei que também precisava me lavar e o acompanhei.
Tomei o maior susto quando ele tirou a calça velha. A sua cueca estava bem frouxa de tanto uso, mas o volume daquele cacete era pelo menos o dobro do tamanho do meu pau quando duro.
Eu acabei ficando apenas de cueca para me lavar e não teve como o Jorge não reparar nas minhas coxas grossas e extremamente lisas e, muito menos, naquilo que desde a adolescência, havia se transformado na minha maior vergonha, uma bundona carnuda exageradamente empinada, que preenchia meus jeans e, especialmente, qualquer bermuda ou short, com um volume que fazia a cabeça das garotas, mas me deixava muito constrangido.
Começamos a conversar e ele me disse que iria fazer uma prova de supletivo pois ele queria completar o primeiro grau para depois tentar o segundo. Dei a maior força para ele. Ele me disse que não estava muito seguro e que achava que não iria passar, pois estava tendo muita dificuldade em matemática. Fiquei com pena dele, ainda mais quando me contou que acordava às 4h da manhã e chegava na sua casa somente depois da meia noite. Durante a semana, quando saía da obra, ele ia direto para a escola e ficava estudando até as 19h quando começava a aula. A vida dele era muito dura.
Acabei lhe oferecendo uma ajuda na matemática. Disse-lhe que ele poderia vir comigo até minha casa e que poderíamos estudar até mais tarde. Ele, muito timidamente, acabou aceitando.
Estudamos até as 20h, quando paramos e resolvi pedir uma pizza pois estava com fome.
Ele me agradeceu muito e disse que iria embora. Sugeri que ele dormisse em casa para que tivesse tempo de descansar e estudar um pouco mais no domingo. Ele relutou muito, mas acabou aceitando. Enquanto a pizza não chegava levei-o até meu quarto e comecei a separar algumas coisas para ele. Coisa que eu não havia feito quando a minha mãe me pediu.
Ele nem acreditava nas peças de roupa que eu lhe dava. Falei para ele experimentar e ele pediu umas 3 calças e foi se dirigindo para o banheiro. Foi quando eu falei:
– O que é isso cara! Pode experimentar aqui mesmo.
Eu fiquei espantado novamente quando ele baixou a bermuda e o seu pau parecia dar a volta em torno da sua coxa mesmo estando mole.
As calças serviram bem nele. Peguei três pacotes d
e cuecas que a minha mãe havia me dado, mas que eu não gostava por serem de lycra e lhe ofereci também. O Jorge agradeceu para caramba. Comemos e estudamos mais um pouco até por volta das 23h, então fomos dormir.
No meu quarto tinha um sofá-cama. Eu armei a cama para ele e fomos dormir. Admito que fiquei meio incomodado em ver o Jorge deitado de cueca no mesmo quarto que eu, mas já estava gostando daquele cara simples, trabalhador e muito esforçado.
Pela manhã por volta das 6h, o meu celular despertou no vibra call.
Quando fui acordá-lo mais um susto. Acho que o Jorge estava com tesão de mijo… Caramba! O pau dele devia ter uns 23cm e como era grosso.
Fiquei muito sem jeito de acordá-lo, mas tive que fazer isso. Foi só lhe chamar e pronto. Ele se levantou rapidamente, tomou um banho e vestiu uma das roupas que eu tinha lhe dado. Parecia até uma nova pessoa.
Desde aquele dia o Jorge começou a fazer parte da minha rotina.
Eu me sentia muito bem em poder ajudá-lo e minha mãe ficou bem feliz com a minha atitude.
Eu, com o convívio periódico, passei a admirar outras qualidades da personalidade do Jorge e acabamos nos tornando bons amigos. Aos poucos o Jorge foi perdendo a sua timidez e já estava bem mais à vontade comigo e vice-versa. Já fazíamos brincadeiras típicas destes ambientes de trabalho onde há somente homens para sacanear um ao outro.
Essa amizade ganhou contornos mais íntimos e sólidos durante um final de semana de viagem dos meus pais. A obra já havia avançado bastante e a nova casa já estava na fase de acabamentos. Como da outra vez, a visita do arquiteto foi dispensada e eu fui ver a obra no sábado e conversar com o Jorge.
Ele fez questão de me mostrar cada canto da casa e me disse que eu tinha muita sorte de ter uma família rica e tão boa. Eu lhe disse que sabia disso, mas que ele também tinha muitos méritos e que chegaria longe.
Passei o dia com ele e, sem graça, não pude deixar de ajuda-lo no trabalho pesado. Ficamos muito sujos e antes de sairmos, tivemos que tomar um banho.
A essa altura já havia um banheiro pronto e em uso.
Disputamos no par ou ímpar para ver quem seria o primeiro a tomar uma ducha e eu venci.
-Posso lhe fazer um pergunta? – disse ele, enquanto eu terminava de me enxugar com a toalha enrolada na cintura.
– É claro – respondi sem perceber a intenção dele.
– Por que você não me deixou entrar na ducha junto com você? Somos dois homens, qual é o problema?
Fiquei muito constrangido com essa pergunta e acabei lhe falando:
– Qual é, cara! Você está querendo ver homem pelado agora? – retorqui, com um sorriso amarelo.
Ele, para não ficar por baixo, respondeu rindo:
-Não, cara. Eu só queria ver essa sua bundinha branca…
– Ele deve ser bem gostosa e roliças. – provocou, levantando-se da cadeira onde estava sentado na varanda e caminhando na minha direção com a intenção de puxar a minha toalha.
– Sai para lá, Jorge! Vai esfriar essa cabeça debaixo da água fria, cara! – esbravejei, quando ele quis arrancar a toalha.
– Vai usar essas mãos para tirar esse suor, que você está todo suadão. – emendei.
– Deixa de ser manhoso e me deixe ver essa bundinha. – insistiu.
– Vou usar as mãos para bater uma punheta pensando nela, ou você podia bater uma bronha para mim. – disse ele rindo, enquanto eu me esquivava de suas investidas.
– Pare de encher o saco! Vai logo para o chuveiro! – gritei, quando ele conseguiu ficar com a toalha nas mãos e seus olhos se arregalaram com a minha nudez.
– Calma, Du! Eu estou só brincando. – falou, percebendo o meu grande constrangimento.
– Devolve essa toalha, por favor! – falei sério tentando esconder o mau pau com as mãos.
Eu realmente estava muito envergonhado com a situação. Além de minha bunda grande ficar exposta daquele jeito, eu ficava ainda mais envergonhado com o pequeno tamanho do meu pau, ainda mais estando mole e encolhido como naquela situação.
O espanto do Jorge também foi grande, pois acho que ele não esperava me ver assim tão constrangido ao ponto de quase chorar.
– Desculpa, Du. Não precisa ficar desse jeito. Sou seu amigo, cara. Você me ajuda demais. Eu só estava brincando, me desculpe amigo.
– Tudo bem, Jorge. Mas me dê a toalha, por favor.
– Toma, cara. Por favor, me desculpa – disse arrependido pela brincadeira e emendou.
– Somos amigos, não precisava ficar com tanta vergonha de mim, Du. Pô, você já meu viu de cueca algumas vezes, qual o problema de eu lhe ver sem roupa? Somos homens, Du.
Ainda constrangido e sem pensar acebei lhe falando:
– Porra, Jorge! O seu pau… Foi mal!
Ele emendou rapidamente:
– O que foi, Du? Pode falar, somos amigos.
Eu acabei dizendo:
– O seu pau é muito grande, cara.
– Porra, Du. Qual é? Está querendo mesmo bater uma bronha para mim… – disse rindo.
– Sai para lá! – respondi. Eu fiquei foi com vergonha de mostrar essa mixaria aqui para você.
Ele riu quando abri a toalha e lhe mostrei meu pauzinho ridiculamente encolhido. Ele tentou me consolar:
– Deixa disso, cara! – Eu não quero saber do seu pauzinho, não.
E retomando a sacanagem, emendou maliciosamente
– Eu quero é dar uma beliscada nessa bundona!
– Vai sonhando! Chega dessa brincadeira, vai. Me deixe em paz. – revidei, tentando pôr fim àquela situação.
– Que falta de solidariedade! – exagerou e se virou em direção ao banheiro.
Eu me distraí momentaneamente ao voltar a secar os cabelos, quando ele me abraçou pela cintura e lançando o peso de seu corpo sobre o meu, me derrubou no chão.
– Qual é Jorge! Me larga, cara! Que saco! – protestei indignado.
Mas ele fez uso de sua força, que era muito maior que a minha, e pegou meus pulsos apertando-os contra o chão ao lado da minha cabeça. Nossos rostos ficaram a centímetros um do outro, e ele esfregou seu corpão no meu, em movimentos insinuantes. Seus olhos se fixaram nos meus e ganharam um brilho predatório. Eu tentava me desvencilhar, mas isso só fazia com que nossos corpos experimentassem um contato maior o que me fez sentir a sua ereção.
Nunca esperaria isso dele, ainda mais quando o conheci tímido daquele jeito. Agora ele estava ali, sobre mim, certamente querendo me comer. E eu estava começando a gostar daquela situação. O que está acontecendo comigo? – Eu pensava. Ainda tentava resistir àquelas sensações novas que iam tomando conta do meu corpo:
– Vou dar uma joelhada no seu saco! Estou avisando! – ameacei.
– Você não seria tão maldoso comigo. – disse o Jorge, confiante. No entanto, ele não pagou para ver. Tratou de enfiar uma de suas pernas entre as minhas e voltou a me encarar.
– Dominado! – revidou vitorioso.
Antes que eu pudesse retrucar, ele aproximou seus lábios dos meus e os apertou contra a minha boca. Seu sabor era envolvente, tinha um gosto de proibido e era muito bom. Neste momento, me rendi ao desejo que já ardia em mim. Parei de me agitar e desfrutei daquela sensação pecaminosa.
Ele começou a forçar a língua na minha boca e, sedutoramente, entrelaçava-a com a minha. Suas mãos já não precisavam fazer tanta força para manter seus braços imóveis e, aos poucos, ele foi descendo com elas pelas minhas costas até alcançar as nádegas, que agarrou num aperto vigoroso.
A respiração dele começou a acelerar, junto com a minha. Ele enfiou a cabeça no meu pescoço num ímpeto voraz, e aspirou o perfume da minha pele ainda molhada pelo banho.
As mãos tateavam soberanas, e exploravam cada centímetro dos meus glúteos, que reagiam se contraindo pudicamente e arrepiando a pele branca que os cobre. Pela primeira vez eu senti o tesão se apoderando do meu corpo de uma maneira quase selvagem.
De repente, eu queria sentir aquela pele morena, suada e quente, colada na minha. Eu queria sentir o sabor daquela saliva entrando na minha boca. Eu queria sentir aquele cheiro másculo que ele exalava por todos os poros, como se fosse um almíscar que se espalhava para deixar claras as suas intenções. Os bicos dos meus mamilos denunciaram esses desejos refreados, intumescendo-se e se projetando numa saliência despudorada.
Um sorriso de satisfação e luxúria se formou em seu rosto, e ele começou a lamber meus mamilos com avidez.
Eles estavam tão sensíveis que, ao sentir a sua língua áspera, eu soltei um gemido prazeroso e provocante.
Ele os lambeu e mordiscou demoradamente, deliciando-se com o tesão que aquilo me causava. Foi o ardil perfeito para desviar minha atenção para aquilo que ele realmente pretendia; enfiar um dedo no meu cuzinho, que durante todo esse tempo continuava à mercê de sua tara.
Quando senti aquela invasão abrupta, um grito sufocado saiu da minha garganta e eu travei toda a musculatura da minha pelve num espasmo violento. Era tarde para impedir seu assanhamento, o dedo dele fazia movimentos circulares dentro do meu ânus e me provocava um prazer delirante. Agora era ele quem se esfregava em mim com o tesão a lhe arder de desejo, incendiando seu corpo.
A pica, de tão dura, saíra pelo cós da cueca e deixava nas minhas coxas uma gosma viscosa de desejo. O cômodo começava a se impregnar daquele aroma viril, arrefecendo meus últimos e tênues movimentos de resistência. Ele puxou minhas pernas na altura dos joelhos e as abriu ao redor de seu corpo; flexionou-as em seguida e deixou minha bunda, devassadamente, empinada para receber o toque de sua virilha. Roçou a jeba enrijecida no meu rego melando-o com o pré-gozo que brotava da cabeçorra descomunal.
– Eu quero você! – sussurrou no meu ouvido, antes de voltar a me beijar cheio de desejo.
Com as duas mãos sobre as nádegas ele as apartou e começou a friccionar a virilha de encontro às profundezas do meu reguinho, onde minhas preguinhas se contraiam descompassadamente denunciando o desejo do meu cu virgem. Hábil e certeiro ele apontou a glande intumescida de seu caralho contra aquele orifício exposto e começou a forçar sua penetração. Eu reagia temeroso, contraindo-o protetoramente, o que só fazia aumentar suas necessidades e seu tesão. Quando o cacete distendeu as pregas e ultrapassou o meu esfíncter indo se alojar nas minhas entranhas, outro grito assomou meus lábios, mas desta vez, sonoro e gutural.
Meu corpo tremia sem controle, como se ondas de frio e calor o percorressem. Quando eu senti o sacão dele batendo contra as minhas nádegas, eu percebi que aquele carinho e aquela vontade de estar ao lado daquele macho, era maior do que eu imaginava. Uma súbita vontade de apertá-lo em meus braços começou a ganhar força, e eu o envolvi deslizando as mãos pelas costas nuas dele. Aquilo que latejava e pulsava dentro de mim, se agitando como uma fera selvagem, era enorme.
E, embora doloroso, provocava em mim a melhor sensação que já havia experimentado. Enquanto ele movimentava aquele caralhão num vaivém rítmico e penetrante, eu o apertava com a musculatura anal, querendo que aquele momento se eternizasse no meu corpo.
Eu podia sentir a potência e a agressividade do instinto sexual dele me consumindo, mas ao mesmo tempo percebia como ele dava vazão, a gana que estava sentindo, com um cuidado e desvelo para não machucar meu cuzinho castiço.
Simultaneamente à sensação de que o cacetão dele estava ficando mais grosso, a pressão e a cadência das estocadas foi aumentando, o que me fazia ganir numa agonia crescente.
O calor nas minhas entranhas aumentou tanto que eu comecei a gozar, pouco antes de sentir que meu cuzinho estava sendo inundado pelo seu gozo. Um som rouco, vindo do interior de seu peito inflado, ecoou pelo quarto, antes dele começar a esboçar um sorriso abobalhado de satisfação.
Eu adorei aquele sorriso e, nesse momento, ele adquiriu um significado mais profundo, por eu saber que ele era resultado da minha entrega aos seus caprichos sexuais.
Nossos olhares fixaram-se mutuamente, enquanto o frêmito que percorria nossos corpos agitados ia voltando ao normal. Começamos a nos beijar, de início com uma suavidade indulgente, que começou a ganhar força até eu sentir a saliva doce e máscula dele se mesclando à minha, que ele devorava como que para eternizar o meu sabor em sua boca.
Aquele cheiro dele de eu tanto gostava, e que nunca me fora indiferente ao estarmos próximos, agora estava em mim, impregnado em cada célula do meu corpo, como uma chancela atestando aquela união. Ele demorou a sair de dentro de mim e, quando o fez, deixou o pauzão pesado, ainda gotejando porra, deslizar lentamente para fora do meu cu. Ele viu quando as preguinhas se fecharam abruptamente ao redor do arregaço que o cacete dele havia feito em mim.
– Eu não quis te machucar. – disse, me encarando com doçura. – Mas acho melhor você vir para o banho comigo. – emendou, quando um filete vermelho escorreu do meu rego tingindo a toalha sobre a qual eu estava deitado.
– Não me sinto machucado, ao contrário, nunca me senti tão pleno em toda a minha vida. – respondi, sem saber, até então, que minhas pregas estavam sangrando.
Embora eu não fosse nem um pouco delicado, pequeno ou muito menos leve, ele me tomou em seus braços e me levou até o box do chuveiro. Foi só ali que eu percebi aquele filete vermelho escorrendo por uma das coxas.
Corei na hora e timidamente deixei cair o olhar, num constrangimento embaraçoso. Assim que a água da ducha deslizou pelo meu corpo, ele meteu a mão na minha bunda, cheio de malícia e sensualidade, e lavou meu cuzinho. A satisfação por ter infligido ao meu cuzinho o vigoroso rótulo de sua masculinidade estava estampada em sua expressão de felicidade.
– Nossa, Du! Agora você é meu, todinho meu! – murmurou no meu ouvido, enquanto chupava meu pescoço.
Quando a espuma do sabonete desceu pelo corpo musculoso e ensaboado dele, ele pegou minha mão e a levou até seu membro, cobrindo-a com a sua, e a fez deslizar pelos pentelhos da virilha. Eu acariciei a jeba e o sacão pesado, enquanto ele gemia e se contorcia de prazer.
– Faz tempo que eu sonho com as carícias dessas suas mãos macias. Você merece um prêmio por fazer isso tão bem, sabia? – sussurrou no meu ouvido
– Ah é? E que prêmio seria esse? – provoquei, apertando carinhosamente suas bolonas.
– Quando terminarmos, eu vou entregar o seu prêmio. Entrega direta em domicílio, sem direito a devolução! – exclamou se divertindo.
– Hummm … Acho que vou gostar desse prêmio. – revidei, cheio de tesão.
E, aos vinte anos, usufruí maravilhado, numa felicidade contagiante, a entrega da minha virgindade a esse macho querido e tão zeloso.
Somente fomos cair, exaustos, no sono, quando já clareava o dia naquela casa semi-acabada.
Antes disso, um ímpeto e uma necessidade desenfreada dos nossos corpos, clamavam por contato, por afagos, por ele se alojar em mim. Adormeci sentindo a pica dele amolecendo no meu cuzinho esfolado.
O Jorge ficou em casa comigo todo o restante do domingo. Estava muito mais calado do que o normal, mas redobrou sua atenção comigo e estava bastante carinhoso.
– Pense bem no que você me prometeu. – falei, ao me despedir dele em frente à porta ao jardim da casa, e ele me dar um beijo rápido.
– Se cuide, e sonhe comigo! – disse, zombeteiro.
A minha preocupação aumentou com a partida dele. Como seria daqui para frente? Eu não me sentia gay ou veado e tinha medo da reação de minha família se soubessem de algo. Fiquei com muito medo e me afastei do Jorge por um tempo. Contudo, eu me sentia totalmente vulnerável àquele desejo de estar com Jorge e de ser somente dele.
Fui encontra-lo na saída do seu novo emprego, cujo endereço havia conseguido com um dos pedreiros da obra.
Ele ficou realmente surpreso com a minha aparição, mas estampou aquele sorriso que tanto me atraía no seu rosto.
Ofereci-lhe uma carona que foi aceita de imediato.
– Você sumiu, Du. Não queria lhe fazer nada de ruim, cara. A verdade é que senti muito a sua falta. O que houve? – perguntou-me sinceramente.
– Estou com um monte de trabalhos da faculdade. – respondi.
– Você sempre tirou isso de letra. Você não está mais a fim de ficar com um Zé ruela como eu? – insistiu.
– Nada disso, Jorge. – retruquei.
– Na verdade eu quero muito estar com você, Jorge – as últimas palavras já saíram entrecortadas pelo choro.
– Porra, Du. Estou me controlando há semanas com uma vontade enorme de comer esse teu cuzinho de novo, e você some desse jeito – vociferou zangado.
– É que eu pensei que você…
– Pois pensou errado! – exaltou-se. – Entendo os seus medos e respeito isso, mesmo tendo que fazer algum sacrifício. Inclusive a de ficar só na punheta todo esse tempo. – disse, mais condescendente.
– Você não merecia passar por isso. Eu sei que você é fogoso e cheio de necessidades. – falei, acariciando a coxa dele enquanto eu dirigia.
– É bom você ir tirando essa mão macia de perto do meu cacete. – seu bom humor estava de volta, junto com um brilho predador no olhar.
– Eu não me responsabilizo pelo que pode lhe acontecer. – completou
– Que caminho é esse que você está tomando? – indagou, ao constatar que ele não estava na rota que nos levaria até a casa dele ou a minha.
– Já está mais do que na hora de você matar a saudade, não acha? – eu lhe disse com safadeza.
– Nunca deixei de ser seu! – afirmei. – Mas confesso que estou sentindo muita falta de você. – provoquei.
– Eu sonhei todos os dias com essa sua bundona gostosa. Eu senti também a sua falta, Du – Ele me respondeu apertando o cacete.
– Pois não vai sentir mais. – disse eu, ao acessar a entrada de um motel que ficava no caminho.
Senti uma agitação tomando conta do meu corpo. Aquela cara de ‘vou te devorar’ me excitava a ponto de sentir o cuzinho se contorcer de tesão. Era a primeira vez que eu entrava num motel, o olhar curioso percorrendo cada detalhe da suíte, e a imaginação rolando solta, me faziam sentir um revolucionário dando vazão a seus desejos, ou um depravado libertino, satisfazendo seus caprichos aguçados por aquele antro
de luxúria.
O Jorge também olhava aquilo tudo com a cara de surpresa de quem também vê algo pela primeira vez.
Esses beijos esfomeados, aquela energia e testosterona que ele transpirava, como um verdadeiro macho no cio, tinham o poder de me desnortear, de provocar um frenesi que percorria minha espinha, e fazia a musculatura da minha bunda se contrair e concentrar todo o calor naquela região. A mão dele entrou pelo cós do meu jeans e firmou a carne rija e morna das minhas nádegas entre seus dedos. Era sublime sentir aquela gana outra vez.
Eu o desejei dentro de mim, e meu olhar lânguido demonstrava minha vontade. Procurei por sua boca de sabor intenso e vigoroso, selando meus lábios aos dele, e deixando a saliva viril dele me invadir. Enfiei ambas as mãos por debaixo da camiseta dele e deslizei os dedos sobre o seu peito sentindo seus pelos macios, que arfava com a respiração acelerada. Senti que minha calça e minha cueca desciam pelas coxas, e que seus dedos procuravam pelo meu cuzinho enrugado no fundo do rego apertado. O desejo que percorria meu corpo era tão intenso que eu arrebitei a bunda para facilitar o seu acesso ao meu cu. A necessidade que eu tinha de tê-lo novamente estava estampada no meu rosto suplicante.
– Isso tudo é saudade de mim? – perguntou, como se estivesse prestes a fazer uma travessura.
– É. Quero você! – sussurrei em sua nuca.
– Eu também quero você! Quero tudo o que é meu, e você é meu. – murmurou, entre os dentes cerrados.
Ele abriu a braguilha e pegando minha mão, enfiou-a em sua virilha. Meus dedos se fecharam ao redor daquele caralho consistente, eu o tirei para fora, e me ajoelhei diante dele. Seus olhos se iluminaram com a devassidão que estava prestes a experimentar, e se fixaram em cada movimento que eu fazia para abocanhar aquela glande suculenta e úmida. Ao comprimir os lábios ao redor daquela jeba, e mover a língua, em círculos, ao redor da cabeçorra que estava na minha boca, ele soltou um bramido rouco de prazer. Eu me sentia poderoso e onipotente ao causar aquele prazer nele, e redobrei meu afinco e minha persistência. O cheiro másculo que vinha do sacão portentoso que balançava diante de mim me instigava. Ele saiu de dentro das calças e abriu mais as pernas, enquanto segurava minha cabeça para garantir que aquele prazer que estava sentindo não fosse interrompido. Meu olhar procurava o dele, enquanto a língua massageava seus testículos enormes. Os quadris dele se contraíram num movimento brusco que voltou a estocar a rola na minha garganta, e ao mesmo tempo em que um gemido gutural saia de sua boca, os jatos de porra enchiam a minha, que ávida e cuidadosamente, deglutia aquele néctar saboroso.
– Tesão do caralho! Que boca carinhosa e sedenta é essa? Lambe o leitinho do teu macho, lambe. – grunhiu satisfeito.
– Você é tão saboroso, senhor Jorge! – exclamei, após deixar aquela vara latejante completamente limpa.
– Sou, é? Tem mais um bocado para você provar. – segredou num quase sussurro.
Eu o acariciava debaixo da espuma densa que havia se formado na superfície da banheira de hidromassagem. Deslizava a ponta dos dedos pela nuca dele e depois beijava o caminho que meus dedos haviam percorrido. A água tépida nos envolvia com turbilhões que fluíam sobre a pele, como se fossem mãos invisíveis a aliciar nossos corpos.
Antes que a água da banheira esfriasse totalmente, eu comecei e enxugar os cabelos do Jorge em movimentos delicados e carinhosos. Ele cerrou os olhos e me puxou para junto dele. O pinto dele começou a endurecer assim que tocou minha pele molhada e quente. Eu me deitei na cama e o puxei por cima de mim, beijei-o intensa e demoradamente, antes de enlaçar minhas coxas ao redor de seus flancos e senti-lo distender minhas pregas e me penetrar com aquele falo grosso e urgente. Um ganido escapou entre meu arfar acelerado, e aquela dor aguda e pungente foi se aprofundando no meu ser. A musculatura anal retesada comprimia, num amor transbordante, aquela anatomia descomunal que ele ia inserindo lenta e progressivamente em mim. Eu me senti novamente pleno e recuperado, enquanto afagava suas costas.
– Eu te amo. Amo muito, muito. – gemi, erguendo minhas ancas de encontro a sua virilha, para sentir aquele homem ainda mais dentro de mim.
A luz do alvorecer começava a atravessar as nuvens ainda carregadas de um azul e cinza intensos quando deixamos o motel, do domingo preguiçoso. As avenidas pareciam mais largas devido ao pouco trânsito e, um ou outro atleta de fim de semana, passava correndo pelas calçadas vazias. Aquelas cenas contrastavam com o que eu sentia por dentro. Eu estava preenchido, encharcado, com a essência daquele homem que a pouco fazia parte de mim mesmo, e eu descobri que não saberia mais viver sem ele.
– Eu preciso de você. Não me deixe mais tanto tempo sem poder ter você. – disse, verbalizando o mesmo sentimento que me acometia.
– Não sei o que seria de mim se você não fizesse parte da minha vida. Acho que ela nunca seria tão plena e maravilhosa. – falei, afagando a implantação de seus cabelos na nuca.
– Isso me faz lembrar que precisamos encontrar um lugar só nosso. Não quero mais me privar de ficar com você, de precisar depender de datas, lugares e horários marcados com antecedência. – argumentou.
– Assim que a casa ficar pronta, meus pais vão mobiliar um apartamento, menor do que o que moramos hoje, mas que vai servir justamente para esses momentos em que um lugar mais próximo do centro de São Paulo seja necessário. Podemos usar aquele espaço. – retruquei.
– Quero algo meu, mesmo que pequeno. Agora conto com a grana do meu emprego, dá para ter algo sem luxos, mas aconchegante. Ainda mais se você estiver comigo. – aquelas palavras carregavam uma promessa.
Decorridos dezoito meses daquela primavera que havia enchido de cores as árvores do condomínio, a casa recebeu nossa mudança. Eu ensaiava uma maneira de dizer aos meus pais que aquele quarto cuidadosamente planejado e decorado, não seria ocupado por muito tempo. Que eu decidira morar com o Jorge, e que aquilo significava muito além de uma mera mudança de endereço, que aquilo significava partilhar nosso amor e deixar nossas famílias cientes disso.
Esperávamos contestações, negativas enfurecidas, indignações e reprimendas morais, mas nada disso aconteceu. Acho que o espaço que cada um construiu na família do outro, falou mais alto na hora de nos prevenir das dificuldades que talvez fossemos enfrentar. Eu continuo minha faculdade e o Jorge está sendo sondado pelo chefe direto, quanto a um cargo melhor e, nosso cantinho, reflete cada dia mais, a felicidade que preenche nossas vidas.